quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cruel Indiferença




Cruel Indiferença


Mudar o mundo acaba com essa indiferença
que estamos sentindo nas pessoas?
Talvez sim, mas como fazer para mudar o mundo
se não podemos mudar nem o nosso pensamento.
Passamos por uma cadeia de coisas prontas, limitadas,
e porque não dizer, obrigatórias.
Somos obrigados a votar, a escolha do voto ou do candidato
é limitada, aparece meia dúzia de candidatos ruins,
na obrigatoriedade do voto temos de escolher um,
o menos ruim, que vai ser o mais ruim quando assumir
o seu tão sonhado posto.
E o povo sofrido que esperava melhorias,
passa a ter mais problemas, com moradia,
transporte, escolas, alimentação...
A indiferença começa por aí, ninguém quer mais ajudar ninguém,
por se sentir lesado na sua cidadania.
É triste estender a mão para uma criança com fome,
e aparecer mais uma, mais uma...a fila crescer
e a gente não ter como chegar até o fim dessa fila.
é triste passar nas ruas vendo pessoas dormindo nas calçadas,
famílias alojadas debaixo de viadutos... e não poder fazer nada!
o "espetáculo" é deprimente, as cortinas não se fecham e o fim não aparece.
É assim que chega a famosa pergunta, porque eu sou obrigada a votar?
porque os indiferentes não agem como prometeram?
A diferença vai fazer a diferença quando o povo puder gritar,
e seu grito for ouvido em algum lugar, em alguma organização competente.
A cruel indiferença, muitas vezes vem do sofrimento, da impunidade,
acabar com ela, só mudando o mundo.




Silvia Giovatto (faffi)

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